Os servidores do governo do Estado, prestadores de serviço ou não, que tiveram problemas com o recebimento de salários devem procurar as Secretarias de origem. Essa é a orientação da Secretaria de Comunicação do Governo que informou também da possibilidade de ter havido problemas em alguns casos provocados pelo apagão.
A Assessoria de Imprensa do Banco do Brasil negou, no entanto, que tenha havido problemas nos caixas eletrônicos provocados pelo blecaute, já que o sistema é gerenciado de Brasília, cidade não atingida pelo apagão.
Desde o início da manhã, que a falta de pagamento na conta de muitos servidores que trabalharam o mês de janeiro vem provocando revolta e desespero. No Hospital Edson Ramalho os cerca de 300 prestadores de serviço não receberam.
Sem querer se identificar, por medo de represália, uma prestadora de serviço do Edson Ramalho informou que um grupo desses servidores chegou a se reunir com o diretor geral da unidade hospitalar. “Mas ele não soube responder o que houve e ficou de se informar junto à secretaria”.
Os prestadores do Edson Ramalho estão distribuídos por todos os setores importantes da unidade, como clínica, UTI, laboratórios e bloco cirúrgico. “Sem eles, o hospital pára. Somente no bloco, apenas 6 dos 15 funcionários são do quadro fixo”, informou a prestadora.
Segundo ela, a reação dos prestadores do Hospital ainda é confusa. “Alguns querem ir embora, outros não, já que é um serviço essencial”.
Também sem querer se identificar, uma servidora ligou para o Portal Correio chorando e se disse desesperada. Segundo ela, tem 29 anos como prestadora de um órgão estadual, não teve o serviço dispensado em janeiro e não recebeu o salário. “Tenho dois filhos para dar de comer sem ajuda de ninguém, aluguel para pagar e vivo desse salário. Mandaram eu ficar trabalhando e aguardando, mas quando fui sacar meu dinheiro, não tinha nada”, lamentou ela aos prantos.
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